quinta-feira, 5 de maio de 2011


Preguiça de gente sem sal. Pergunto o que quer e de imediato vem a resposta: tanto faz. Não da gargalhadas em público, e nem pensa em fazer o que quer. Afinal, o que iriam pensar se fizesse isso ou aquilo? Sempre perdendo horas arrumando o cabelinho, deixando a vida passar para achar a roupa mais meiga da loja. Odeia extremos e abomina pessoas de atitude. Ao dançar procura os mais discretos movimentos para não gerar comentário, ou até mesmo ter má fama no outro dia. Coleciona desejos e conta vantagem de quando chegou em casa depois das onze. Se orgulha de ter as maiores notas e é exibida como um trofeu pelo papai. E assim vai levando a vida... completamente mecanizada, quase um robôzinho. Programada para pagar de boa moça e distribuir falsos sorrisos. Sonha em fazer uma loucura, mas... melhor não. Se você gosta, ela gosta também. Se você não gosta, "isso nem é tão legal assim". Se quer mandar uma mensagem para o carinha que está afim... "-Capaz! Quem tem que fazer isso é o garoto". Vai seguindo a curta estrada da vida com medo das impressões, do que vai aparentar ser. Ver pessoas do tipo me fazem parecer sempre errada por ser quem eu realmente sou. Me culpo e me cobro. Prometo para mim mesma que vou me esforçar para entrar no padrão. Dois minutos depois quebro minha promessa. Prefiro me manter sem máscaras que satisfazem a sociedade, do que ser mosca morta na sopa do prato de muita gente.
Bruna M.

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