quarta-feira, 16 de março de 2011


Amores improváveis.

Ao assistir o ultimo capitulo de uma novela qualquer, por um minuto, Clara se imaginou desfrutando de toda aquela felicidade. Boas festas, família reunida, e quem sabe... um amor. Talvez se considere a novela um pretexto para contar um pouco sobre Clara. Quatorze anos, cabelos lisos e longos e um jeito diferente de ver o mundo. É necessário constar que quase ninguém entendia a cabeça da jovem. Como se explica uma garota, aparentemente fria, guardar consigo grandes sonhos que até ela própria julgava bobagem? Era uma incógnita para todos. As vezes amor demais, as vezes sentimentalismo demais, porém, guardava tudo as sete chaves. Ora, onde ficaria a fama de "durona" se todos descobrissem o que ela trás no coração? Ah... como Clara sentia o amor, como era capas de ver amor onde ninguém mais via. Como era capas de esconder isso de todos? A explicação é breve, se resume a uma unica palavra: medo. Medo de ser julgada por amar, por demonstrar, por confundirem o que ela sentia. Afinal, será que amor seria, realmente, a melhor definição sobre aquilo que ela trazia no peito? Aquele sede insaciável de viver o amor, de compartilhar o amor. Dedicava horas do seu dia a leitura e sonhava, e como sonhava... Sonhava viver um amor shakesperiano, com todos os pós e contras encontrados naqueles. A ideia de um romance casual apavorava a jovem, como temia que sua vida tomasse o mesmo rumo da vida das demais pessoas. Se angustiava ao ver relacionamentos monótonos, e apesar de não ter certeza sobre muita coisa, sabia que não queria aquilo para sua vida. Sua vontade de desacreditar era imensa, mas nem lutando contra isso tirava da sua cabeça que seus maiores sonhos ainda se realizariam. Algum dia, encontraria sim um grande amor, que a amasse tanto quanto, entretanto esse amor seria testado. Haveria de passar pelo sofrimento, pela dor e superaria tudo isso, pois só se tem a certeza de que é amor, se já passou pela experiência da dificuldade. Encontrando nas dificuldades motivos para se fortaleceram, e assim afirmar com convicção que: "o nosso amor superou tudo".
Bruna M.

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