domingo, 31 de julho de 2011

Alice: Quanto tempo dura o que é eterno?

Coelho: Às vezes, apenas um segundo.

Vontade de recomeçar. Apagar com borracha as decepções. Conhecer novos lugares, novas pessoas. Vontade de realmente não ligar para o que os outros pensam. Vontade de ficar só, ter um encontro intenso comigo mesma.

sábado, 30 de julho de 2011

"Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você."

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um sonho que nunca morre, um dia se realiza.
"Tô esperando o dia que isso vai passar. Tô esperando acabar, passar, morrer, sangrar até o fim. Esperando o tempo que acalma chamas com seus ventos de mil pés distantes. Esperando alguém que ocupe, distraia, desacorrente, solte, substitua, torne nada demais. Esperando não sentir mais ódio e nem tesão e nem ciúme e nem saudade. Esperando porque é o que resta mesmo, não é falta de coragem, não é de se fazer, é de se sentir e só. Nem sempre a força de um amor é pra sair às ruas, pra viver histórias. (…) Mas você erra quando acha que alguém resolve um amor. O amor é que, se tivermos coragem pra deixar, resolve aos poucos a gente."

Tati Bernardi.

Mas fica, meu amor. Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar.

terça-feira, 19 de julho de 2011


"O maior elogio que eu poderia fazer a uma pessoa era dizer assim: gosto de você além da minha imaginação, não porque aprendi a gostar, mas porque por mais que eu sonhe, você é ainda melhor que o sonho. Você é além da minha capacidade em te imaginar. E eu jamais te diria isso. Não posso te fazer esse elogio. Não me esquece, por favor. Eu nunca vou esquecer você. Eu não soube o que fazer com você, mas sei o que fazer com o não você. Isso eu sei fazer e faço bem. Lembrar que era terrível e incrível. Terrível, meu amor, como poucas (ou nenhuma) coisas foram. Mas absolutamente incrível."

Tati Bernardi.

"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas a gente se sente sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza."

CRÔNICA DO AMOR

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

-Arnaldo Jabor

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades…"

sábado, 16 de julho de 2011

Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama. E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhear o caderno de cultura. Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar, daquele seu jeito metódico e perfeccionista, as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. E que pergunte se eu quero ver um DVD mais tarde. Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado. Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, (…). Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. (…). E, por fim, que você continue a dançar na sala. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu nunca me apaixonei por você, mas sempre gostei muito. Principalmente porque achei que você gostasse de mim. Admirei seu coração e respeitei seus medos. Agora, já não sei se ainda sinto.

-Quando decidiu gostar tanto de alguém?
-Não decidi.
-E por que gosta?
-Porque aconteceu.
-Seja clara, menina!
-Tenho um milhão de razões…
-Por exemplo? Por que tanto e por que ele?
-Porque em todos os lugares, ele está comigo. Ele esteve e me faz crer que sempre estará. Porque ele segura minha mão ao atravessar a rua, me protege do frio, me olha fundo e triste quando eu tenho que ir embora. Porque ele não me dá paz, bagunça meu cabelo, aperta meus culotes. Porque ele se orgulha a cada risada que eu deixo escapar, e se enche de ciúmes quando outro alguém se aproxima demais. Porque mesmo que é ele? Porque ele me fez acreditar nas coisas que, supostamente, seriam para sempre “impossíveis”, ele me provou que o azul pode ser meio verde e o vermelho meio rosa. Você entende?
-Não sei.
-Ele me provou que as coisas podem acontecer, que nós não devemos desistir.
-E é por isso que gosta tanto dele?
-Eu não só “gosto tanto” dele. Eu o amo! E tenho certeza.
-Por tudo o que você disse?
-E você acha pouco? Eu o amo, tanto, porque ele é um anjo, você não vê, mas eu o vejo assim o tempo todo. Ele veio me curar. Me dá coragem, fé, vontade. E você nunca vai entender. Sem ele nada vai funcionar. A festa (e a vida) serão sempre pela metade.
-Quero entender um dia…
-Mais que isso, tomara que você sinta! Não tem preço.

domingo, 10 de julho de 2011

"Eu vou inventar uma madrugada eterna pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte."

terça-feira, 5 de julho de 2011

De todas as minhas histórias de criança, pude perceber o quanto amadureci em alguns aspectos. Entretanto, em alguns outros me mantenho estabilizada nos 10 anos de idade. Involuntariamente respondo e retruco em segundos o que não condiz com os meus pensamentos. Não é difícil disparar criticas e mais criticas sobre um cabelo, roupa ou até mesmo uma personalidade diferente do padrão. E a vida, meio que de forma cruel ensina e você aprende rapidamente a lidar com as diferenças. Faz com que você crie um zíper imaginário que seleciona todas as palavras antes de serem cuspidas pela sua boca. Te ensina, que ao controlar palavras antes de sair falando sem parar, você ganha mais razão em algumas coisas. Mas, para não perder o costume e não se tornar uma pessoa sem graça, você vai amadurecendo os momentos de impor sua decisão, doa quem doer. Aprende-se que apesar de algumas palavras atingirem e magoarem, é uma atitude sabia deixar a birra de lado e mudar de postura.

Bruna Meira.